Caríssimo diretor, professores, colegas , queridos pais, convidados e demais familiares, boa noite. A mim foi dada a responsabilidade e grande honra ser o orador da turma 302, e espero que seja capaz de transmitir através de minhas palavras grandes momentos especiais vividos, naquela turma barulhenta, durante o ano.
Piscamos e cá estamos. O dia do encerramento de não apenas mais um ano letivo, e sim de todo nosso ensino médio. Cheio de emoções, dúvidas, incertezas e com medo do futuro, claro. Todo nosso caminho trilhado até chegarmos aqui, nesse dia, foi cansativo, desgastante e árduo, passando por diversos desafios e obstáculos, como provas e apresentações. E claro, como esquecer daquela palavra que causava um baque e um arrepio em todos da sala: o Enem.
Todavia, foi uma jornada recompensante do início ao fim, com muitos momentos que vamos levar para sempre conosco, desde os cafés nas manhãs frias ou as partidas decisivas e acirradas de três cortes. E como esquecer da bagunça que foi toda a correria para organizar o nosso evento de Halloween, desde aquela bendita cortina às fantasias assustadoras. Ou até mesmo as fofocas coletivas que borbulhavam pela turma, de ponta a ponta. Esse ano foi, sem sombra de dúvidas, uma mistura de felicidade com açúcar fora do normal.
Neste ano vivemos em uma seca do nordeste narrada por Graciliano Barbosa e Rachel de Queiroz para, no final da manhã, ser lavada pelos risos e piadas que caracterizam nossa turma. Nos deixamos levar pelos heterônimos de Fernando Pessoa e descobrimos que tanto faz amar ou não, cartas de amor são ridículas. Descobrimos também o poder da corrente elétrica e de como é através da ciência que podemos iluminar o mundo. Além disso, a maior reação que tínhamos em química era, claro, o sonhado bailão do professor Felipe. E sim professor Fagner, a independência do Brasil foi no dia 7 de setembro de 1822. Meu tempo aqui é curto, mas eu poderia passar horas falando detalhes e características de cada professor, pois todos completaram nosso ano e foram essenciais para nós estarmos presentes aqui hoje.
Nosso muito obrigado a cada pai, a cada mãe, a cada mãe que faz o papel de pai, a cada pai que faz papel de mãe. Obrigado a cada avô e avó que criaram seus netos e a cada pessoa que de certa forma cuidou de nós, pois família é aquela que zela, protege, educa e, dia após dia se apoia, independente das circunstâncias.
Gostaríamos de agradecer, também, aos professores e aos demais funcionários que fazem a escola ser quem ela é. Esse agradecimento é mais que especial, pois sabemos das dificuldades passadas durante a pandemia, e por isso dedico esse momento a vocês, que abriram a porta de suas casas durante as aulas remotas, que demonstram a maior paciência e esforço para nos ensinar. Todos nós formandos somos infinitamente gratos a vocês, e vamos carregar cada ensinamento e conselho para nossas vidas.
E nesse último parágrafo dedico a vocês, meus queridos colegas de turma. Apenas o fato de passarmos juntos durante todo esse período torna esse meu discurso ainda mais especial. Nossas vidas, como as raízes de uma árvore, irão se ramificar e seguir diferentes caminhos, mas nem por conta disso não iremos celebrar o momento de agora, de sermos um pequeno broto, regado e cuidado por aqueles que nos amam, e com a certeza de um futuro a qual nós cresceremos e nos tornaremos algo maior do que nós sequer pensaríamos. Pode parecer triste esse fim, mas lembrem-se: esse é apenas o primeiro dia de um novo começo em nossas vidas. Muito obrigado.